Quase 600 pessoas morrem por ano no Brasil vítimas de choques elétricos! O problema não para por aí. Segundo o último levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2016 foram registrados 448 casos de incêndio causados por curto-circuito em redes elétricas. A recente tragédia em São Paulo, que levou um prédio na região central da cidade a desabar depois de pegar fogo, foi causado por um curto-circuito em uma tomada.

Dados alarmantes mostram a vulnerabilidade da nossa sociedade quando o assunto é instalação elétrica. Obrigatório por lei desde 1997, apenas 21% dos imóveis brasileiros possuem disjuntor na rede elétrica; este pequeno dispositivo de proteção desarma automaticamente sempre que detecta uma anomalia. Com um disjuntor instalado e uma rede elétrica bem projetada, a chance de problemas é pequena.

Se você ainda não entende como uma ligação mal feita pode causar um incêndio, preste atenção nesta imagem! Toda corrente elétrica transporta energia. Parte dessa energia fica no condutor – neste caso, o fio – em forma de calor. Esquentar até certo ponto é normal; está dentro do previsto. O problema é quando a corrente é muito maior do que o meio suporta – seja o fio, cabo, tomada, plugue – aí o resultado é este aí…fogo!

Essa sobrecarga também acontece quando diversos equipamentos são ligados em uma única tomada com o uso de benjamins; os populares “T’s”… A maioria dos incêndios por problemas elétricos é devido ao uso excessivo de aparelhos de alta potência em um mesmo ponto. Cada tomada foi feita para ligar apenas um dispositivo, mas segundo a mesma pesquisa, 57% das residências utilizam benjamins ou T’s diariamente sem qualquer cuidado.

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Além de uma instalação bem feita; de preferência por um profissional – um filtro de linha pode ser mais interessante do que um simples “T”. Isso porque os filtros de linha normalmente têm fusível de proteção. Em caso de sobrecarga, o fusível queima e a ligação é cortada na hora para evitar um curto circuito. Mas ninguém precisa “abandonar” os benjamins de uma hora para outra. Com cuidado, é possível usá-los com segurança.

Todo equipamento elétrico traz uma etiqueta informando a corrente que consome. A medida está em amperes. Para usar um benjamin com segurança, basta somar a corrente dos dispositivos e nunca ultrapassar o limite do adaptador “T”.

Com eletricidade não se brinca. Todo cuidado é pouco! Em um choque elétrico, uma pequena corrente pode gerar uma parada cardíaca e levar a óbito. Em outros casos, como no do edifício que desabou em São Paulo, um incêndio de grandes proporções pode começar ali…na tomada!