A empresa por trás do aplicativo Shazam tem uma nova dona – e agora é para valer. A União Europeia liberou a Apple para completar sua aquisição da companhia, anunciada em dezembro do ano passado, mas suspensa desde abril deste ano.

A Agência Antitruste da União Europeia abriu uma investigação para apurar se a Apple poderia usar o Shazam para beneficiar o seu próprio serviço de streaming, o Apple Music, e, desta forma, prejudicar a concorrência. Se fosse este o caso, a aquisição poderia ser barrada.

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De acordo com informações da Reuters, porém, a comissária Margrethe Vestager concluiu que a compra do Shazam pela Apple “não reduziria a concorrência no mercado de streaming de música digital” e que, portanto, pode seguir em frente.

Vestager justificou a investigação dizendo que “dados são fundamentais na economia digital”, e que a União Europeia deve, portanto, “rever cuidadosamente as transações que levam à aquisição de conjuntos importantes de dados, incluindo os potencialmente sensíveis comercialmente”.

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O Shazam é um aplicativo para Android e iOS capaz de identificar músicas que estão tocando no ambiente através do microfone do celular. Ele pode também exibir letras de canções em sincronia com a sua reprodução em apps de streaming, como o Spotify.

Os valores envolvidos na aquisição não foram confirmados, mas estima-se que a Apple pagou US$ 400 milhões pelo Shazam. Apesar de já ter tido valor de mercado avaliado em mais de US$ 1 bilhão, o Shazam vinha sofrendo para encontrar um bom modelo de negócios. A receita em 2016 foi de apenas US$ 54 milhões.

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Ainda não está claro qual vai ser o futuro do Shazam dentro da Apple. A empresa não disse se pretende manter o app em funcionamento no iOS e no Android, ou se a sua tecnologia será absorvida por outros serviços da empresa. Além disso, o Shazam também tem acordos com Spotify e Snapchat, mas o futuro da integração entre os serviços é incerto no momento.