O Google confirmou nesta semana que vai começar a cobrar pela inclusão de aplicativos no Android na Europa. E agora informações obtidas pelo site The Verge indicam que o preço não será necessariamente baixo: para alguns dispositivos, a pré-instalação de apps como Gmail, YouTube e a loja Play Store pode chegar a US$ 40.

A União Europeia aplicou uma multa pesada no Google após condenar a empresa por dificultar a vida de concorrentes no Android. Como celulares com o sistema operacional precisavam ter o pacote completo de apps do Google para ter acesso a serviços específicos da empresa, reguladores europeus consideraram que a prática era anticompetitiva. Pela comodidade de já ter o Chrome instalado em qualquer Android, usuários não buscariam navegadores alternativos, o que aumentaria a participação do Chrome no mercado.

O Google vai dividir seus apps em dois pacotes: um com a Play Store, Gmail e YouTube, e outro com o buscador e o navegador Chrome. O preço varia dependendo da densidade de pixels na tela do aparelho – ou seja, a relação entre o tamanho e a resolução da tela.

Isso significa que celulares mais baratos devem pagar taxas menores, enquanto os top de linha terão cobrança mais elevada. Quando a densidade de pixels fora cima de 500 ppi (pixels por polegada), o valor será de US$ 40 por pelos apps. O Samsung Galaxy S9 é um dos aparelhos que se encaixa nessa categoria.

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Já aparelhos entre 400 e 500 ppi vão pagar US$ 20, e os abaixo de 400 ppi vão pagar US$ 10. Vale notar que o preço vai variar dependendo do país. Os valores divulgados pelo The Verge se referem ao Reino Unido, Suécia, Alemanha, Noruega e Holanda, cujas taxas são as mais elevadas. Em outras partes da Europa, o valor cobrado pelo Google chega a US$ 2,50.

Isso também vale só para celulares – no caso de tablets, um preço único de US$ 20 será cobrado para todos os dispositivos. Os valores poderão ser negociados, e o Google pode subsidiar o valor do licenciamento dos apps caso o Chrome e o buscador do Google sejam definidos como serviços padrão no dispositivo.

A mudança só vale para a Europa. No restante do mundo, o Google vai manter a prática atual, e a inclusão de apps da empresa não será cobrada.