O dia 4 de maio de 2018 será lembrado como um péssimo dia na história dos bancos digitais brasileiros. Depois da liquidação do Banco Neon, o Banco Inter ganhou os holofotes com outra notícia negativa, apontando para um possível vazamento de seu banco de dados, expondo informações pessoais e bancárias de seus milhares de clientes.

Segundo matéria publicada pelo site Tecmundo, que diz ter sido contatado por um hacker identificado apenas como “John”, há um arquivo de 40 GB com informações privativas de basicamente todos os 300 mil clientes do Banco Inter. Isso inclui documentos, cheques fotografados para compensação, dados de cartão de crédito e até mesmo histórico de senhas.

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O Banco Inter, no entanto, nega o vazamento e diz ter sido vítima de extorsão. A empresa afirma que “não houve comprometimento da segurança no ambiente externo, nem dano à estrutura tecnológica”, mas ainda assim “comunicou o fato às autoridades competentes e a investigação corre em sigilo”.

“John”, por sua vez, afirma que o vazamento foi fruto de um trabalho longo, que envolveu sete meses de monitoramento de um funcionário que não teria tido os cuidados necessários com segurança e acabou expondo as informações dos clientes sem perceber.

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Diante da repercussão do caso, o Banco Inter tem sustentado sua versão de que o vazamento não é real e que a notícia é falsa, ainda que a matéria original tenha detalhes extensos, e a publicação mencione a confirmação de 81 mil nomes presentes na lista. Todos os clientes que entram em contato com o banco são informados de que a notícia não é verídica. A empresa também deu a entender que pode acionar judicialmente o site por publicar esse tipo de informação.

Confira o comunicado do banco na íntegra sobre o tema:

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“O Banco Inter comunica que foi vítima de tentativa de extorsão e que imediatamente constatou que não houve comprometimento da segurança no ambiente externo e nem dano à sua estrutura tecnológica. A companhia esclarece, ainda, que comunicou o fato às autoridades competentes e a investigação corre em sigilo.

Reforça também que, conforme a Lei 5.250/1967, Art. 16, é crime a divulgação de ‘notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados’ a respeito de instituição financeira, ou para causar ‘perturbação da ordem pública ou alarma social’.”

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O Banco Inter acabou de estrear na bolsa de valores brasileira, a B3. As units da empresa eram negociadas a R$ 75,70 no fechamento do mercado na quinta-feira, 3, e abriram o dia em queda brusca diante da notícia, atingindo uma mínima de R$ 67,41, o que representa uma queda de aproximadamente 11%. O papel estabilizou desde então, mas ainda operava em queda de aproximadamente 6% por volta das 14h,  momento em que este texto foi publicado.