Vidro trincado, bateria que não sustenta a carga ou carregador quebrado são alguns dos problemas recorrentes de quem possui um celular. Mas nem sempre é necessário fazer a troca do aparelho ou pagar preços altíssimos no conserto, ainda mais em tempos de crise.

Logo, caso o seu smartphone seja danificado, confira abaixo dicas de procedimentos a serem seguidos  e que ajudarão a economizar um bom dinheiro.

Quando é necessário trocar o vidro e tela do celular?

Um dos acidentes mais comuns com celulares é a queda do aparelho, que costuma ocasionar na quebra do vidro ou do display. E Tatiana Moura, sócia e técnica da Fix Online, empresa especializada no reparo de smartphones, faz um alerta. “Apesar da grande maioria das assistências trocarem tudo, em 95% dos casos, a quebra é apenas do vidro, e não do LCD”, revela. A troca somente do vidro, gera uma economia de 70% no orçamento.

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Para saber se há a necessidade de fazer a troca completa, Tatiana dá três dicas valiosas. “Se a tela estiver sem manchas, sem riscos e com o touch funcionando normalmente, não há a necessidade de trocar o LCD”, conta.

Mas se houver a necessidade de um novo vidro e tela, para que o consumidor saiba se o conserto valerá a pena financeiramente, basta fazer um conta. “Se a troca custar até 30% do valor aparelho, compensa”, afirma.

O carregador quebrou! Vale a pena comprar um muito barato?

“Em hipótese alguma, deve-se comprar um carregador que não seja de boa qualidade ou sem garantia”, aconselha Tatiana. O item pode causar sérios danos ao celular, como provocar encaixes imperfeitos, inchaço da bateria e superaquecimento do conector de carga, além de colocar a vida do usuário em risco, já que ele não possui sistemas de segurança embutido, podendo causar explosões, choques e incêndios.

Outra questão que a técnica da Fix Online destaca é a economia a longo prazo que um carregador sem procedência proporciona. “Um carregador de baixa qualidade tem vida curta, então por mais que se pague barato nele, em questão de dias será necessário trocá-lo de novo”, explica.

O uso do carregador de baixa qualidade também pode ocasionar perda de eficiência da bateria do celular. “Um bom carregador entende quando a bateria do aparelho está cheia e para, automaticamente, de enviar energia para ela. Já os outros continuam mandando energia o tempo todo em que o celular estiver conectado na tomada, o que prejudicará a vida útil da bateria”, aponta Tatiana.

Quando é a hora de trocar a bateria do celular por uma nova?

De acordo com Tatiana, a bateria de um celular possui 500 ciclos de carga e toda vez que o carregamento atinge 100%, elas vão diminuindo. “As pessoas têm o costume de colocar o celular na tomada, mesmo quando ele está com uma porcentagem alta de bateria. Porém, o ideal deixá-la acabar por completo para depois carregá-lo. É uma forma de não desperdiçar as cargas”, explica.

Quando a bateria não sustentar mais a carga, ficar estufada ou o celular aquecer demais, são sinais que está na hora de trocá-la. “É preciso observar essas questões, porque vai chegar uma hora que o celular não irá mais ligar. Então o ideal é trocar a bateria o quanto antes”, indica a especialista. Mas neste caso, assim como o carregador, o ideal é sempre optar por peças originais. Assim, evita-se gastos desnecessários no futuro.

O celular não para de travar. É hora de trocar o aparelho?

Antes de fazer a troca do smartphone por causa de travamentos constantes, Tatiana dá algumas dicas que podem resolver o problema.

Para descobrir a causa, o ideal é sempre verificar em configurações como está o armazenamento do celular. Desta forma será possível verificar o espaço que já foi usado, o quanto ainda está livre e o a quantidade MB (ou GB) que cada aplicativo está ocupando.

Outra questão que pode fazer com que o celular trave constantemente é ter um sistema operacional desatualizado. “Essa é uma questão de mão dupla. Ao mesmo tempo que um sistema atualizado consegue corrigir falhas que ocasionam no congelamento do celular, se o aparelho for muito antigo, ele não suportará a atualização por serem maiores e mais sofisticadas. Neste caso, é a hora de trocar o aparelho”, finaliza a técnica.