Não foi só o Pirate Bay. Tem crescido o número de sites, inclusive brasileiros, pegos usando os computadores de seus usuários para minerar criptomoedas, mais especificamente a Monero (como no caso do site do Governo de SP) sem a permissão das pessoas.

Apesar de verificada ainda em pequena escala, a prática gera preocupação. Afinal de contas, a mineração de criptomoedas é um processo pesado que usa muitos recursos do computador e pode causar travamentos da máquina. O fato de o sistema ser ativado sem permissão serve como um problema extra. 

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A prática pode ter usos legítimos. Ela pode substituir anúncios altamente intrusivos para gerar renda para as páginas, e o uso da CPU pode ser limitado a um patamar aceitável. O ideal seria que os usuários fossem alertados e dessem permissão para que seu computador fosse usado dessa forma. No entanto, na maior parte dos casos, não há qualquer aviso, e a única forma de perceber é entrando no gerenciador de tarefas do PC e reparando que o uso do processador está muito acima do normal, o que configura uma prática maliciosa.

Felizmente, existe uma solução. O sistema utilizado pela maioria dos sites, incluindo o código injetado no portal Cidadão SP do governo de São Paulo, se chama Coinhive. Ele faz a mineração de criptomoedas utilizando uma ferramenta em JavaScript. Sabendo disso, o programador suíço Rafael Keramidas encontrou um jeito de impedir que esse script entrasse em funcionamento com uma simples extensão de navegador chamada No Coin, que pode ser baixada neste link

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O sistema funciona praticamente como um bloqueador de anúncios, mas para mineradores de criptomoedas, bloqueando domínios associados à prática. Ao entrar em algum site que tente utilizar a ferramenta da Coinhive, a extensão para Chrome faz sua tarefa e impede que os recursos do seu computador sejam “sequestrados” para essa função. 

A extensão funciona como prometido. O site da Coinhive oferece uma demonstração de como seu sistema funciona; bastou ligá-lo para ver o uso da CPU do meu computador disparando, com o Chrome sendo o maior vilão. Com a extensão instalada, no entanto, a ferramenta não funcionou. 

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Por enquanto, não são muitos os sites populares que se valem da prática de usar o PC dos usuários para minerar criptomoedas, mas vale se precaver com esse tipo de prática antes que ela se torne padrão.